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terça-feira, 27 de março de 2012

Custo de produção: que tipo de aviário é mais econômico?

Envolvendo 11 estados brasileiros (em ordem alfabética, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), os custos de produção levantados pela Embrapa Suínos e Aves (aos quais o AviSite fez referência em matéria da última quinta-feira, 22 de março) também avaliam esses custos em função do tipo de aviário adotado, contrapondo as instalações convencionais aos aviários climatizados com pressão positiva e negativa.
Subentende-se, naturalmente, que entre os três tipos de aviários o maior custo seja registrado nos aviários convencionais, enquanto o menor custo é obtido com o aviário climatizado com pressão negativa. Mas qual é a diferença entre um e outro?
A análise de apenas dois dos onze estados levantados pela Embrapa Suínos e Aves mostra que, efetivamente, o menor custo é o do aviário climatizado negativo. Com diferenças que, nos dois casos analisados, ficam em cerca de sete centavos/kg (Paraná) ou dobram para 14 centavos/quilo (Minas Gerais).
Não parece muito, mas em um aviário que produza pouco mais de 50 toneladas de frango vivo (base dos cálculos da Embrapa), a diferença no Paraná variou entre R$3.450,00 e R$3.610,00, enquanto em Minas Gerais ficou entre R$7.200,00 e R$7.300,00.
Detalhe que não passa despercebido: em Minas Gerais, o custo de produção em aviário climatizado, com pressão negativa ou positiva, é inferior ao custo do Paraná, fato que não ocorre com o aviário convencional.
Mais detalhes no site da Embrapa Suínos e Aves que, inclusive, dispõe de planilha para que cada produtor calcule seus próprios custos, independente do tipo de aviário adotado. Clique aqui para acessar a página que leva à planilha de custos da Embrapa.


Copiado de: Avisite

Pesquisas tentam alterar a relação macho/fêmea na incubação de pintos

De acordo com o The Poultry Site (www.thepoultrysite.com ), utilizando técnicas laboratoriais de PCR, pesquisadores do Centro de Reprodução e Genômica Animal (ABGC, na sigla em inglês), da Holanda, desenvolveram um método, inédito, que possibilita determinar, ainda no ovo, o sexo do futuro pinto. Até agora a identificação de fêmeas e machos só é possível através do exame da cloaca, ou seja, apenas pós-incubação do ovo.
Por enquanto, o novo método é pouco mais que uma promessa: está sendo utilizado pelos pesquisadores para estudar e compreender os mecanismos que determinam o sexo das aves. Porém, espera-se que no futuro tenha aplicação comercial – algo que (lembra o site inglês) tem importância não apenas econômica, mas também ética, na medida em que permitiria reduzir, eventualmente até eliminar, a necessidade de sacrifício dos machos na avicultura de postura.
A propósito, The Poultry Site lembra que, nos mamíferos, o sexo da descendência é determinado pelas células do esperma do macho. Em contraste, nas aves o sexo é determinado pela fêmea, que produz os ovos com dois tipos de cromossomas: o W é o que resulta em fêmeas; o Z, em machos.
Estudos anteriores demonstraram que as fêmeas têm a capacidade de alterar o sexo nos ovos produzidos através de um mecanismo que interfere na segregação do cromossoma definidor do sexo durante o processo de meiose. O desafio é descobrir como esse mecanismo funciona, pois, além de ser útil na avicultura comercial, vai permitir, por exemplo, a preservação de aves em risco de extinção.
Curiosamente, no ano passado, a Poultry & Egg Association (principal entidade técnico-científica da avicultura norte-americana, a mesma que realiza anualmente a Feira de Atlanta) fez menção a tema similar, pois noticiou estar financiando pesquisa (Universidade da Georgia) com o objetivo de descobrir mecanismos que possibilitassem alterar a relação de pintos machos e fêmeas na descendência de uma reprodutora.
O objetivo explícito, aqui, era aumentar o número de fêmeas em aves de linhagem White Leghorn, mas o caminho adotado foi o hormonal, ou seja, administrou-se às fêmeas-reprodutoras um hormônio feminino – a progesterona – e, como tratamento alternativo, a corticosterona (hormônio do stress).
A administração da progesterona apresentou resultados indesejáveis, visto ter interrompido a produção de ovos de 77% das aves sob pesquisa. Já o uso da corticosterona apresentou resultado oposto ao objetivado pelos pesquisadores, visto que elevou para 83% o índice de pintos machos produzidos pelas fêmeas que recebera o hormônio.
Segundo a Poultry & Egg Association, esse projeto já foi encerrado, pois cumpriu as finalidades previstas. Mas deixa caminho para outras pesquisas do gênero.

Copiado de : Avisite.

FAO: avicultura cresce três vezes mais rápido que a população mundial.

Ao lançar seu Anuário Estatístico 2012, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) destacou o fato de que, nas últimas cinco décadas (meio século), a produção avícola se expandiu de forma consistente, a ponto de apresentar uma velocidade de expansão três vezes superior à da própria população mundial.
No Anuário, a FAO não mostra os números relativos a essa expansão. Mas efetuando-se pesquisa no site da entidade e remontando-se à informação mais antiga, de 1961, é possível constatar que de lá para 2010 a produção das três principais carnes (sem considerar outras carnes, mesmo as avícolas) aumentou cerca de 330%.
Pois bem: a participação da carne bovina no aumento registrado ficou bem abaixo desse índice - +125%; a da carne suína foi pouco superior ao índice médio - +340%. Assim, a contribuição maior veio da carne de frango, cujo volume aumentou mais de mil por cento.
Em decorrência desses resultados, a carne bovina, que em 1961 respondia por 46% da produção das três carnes, agora responde por 24%. A carne suína praticamente manteve a mesma participação, com ligeira alta – de 41% para 42%. E a carne de frango, que detinha apenas 13% do total cerca de 50 anos atrás, fechou 2010 com mais de um terço do total. 

 Fonte: Avisite