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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Profissionais de zootecnia ganham mais espaço


O consumo cada vez maior de alimentos de origem animal e a exigência de técnicas menos violentas de abate têm exigido a presença de zootecnistas.

Carne, leite, ovos, frango, dentre outros diversos alimentos e produtos que são de origem animal fazem parte do cotidiano de muitas pessoas. Os responsáveis pelos cuidados com rebanhos e granjas são os zootecnistas que trabalham com criações de animais para consumo humano.

A atuação do profissional está ligada a atividades como genética e reprodução, nutrição, desenvolvimento de tecnologias para as instalações e higiene dos animais, além da administração rural. “Nossa meta é árdua. Tentamos produzir alimentos (para as pessoas) sem maus tratos para o animal”, afirma o gerente administrativo da Fazenda Boticário, do grupo Ypióca, Thiago Luis Araújo, 25.

Thiago é formado em zootecnia e trabalha com bovinos de leite, suinocultura, ovinocultura (produção de ovelhas, cordeiros, carneiros, carne de ovelha, leite de ovelha) e caprinos. “As pessoas não sabem da importância do nosso trabalho. Há um desconhecimento da profissão. Todos os dias, as pessoas colocam alimento na mesa e não percebem que também somos responsáveis por isso”, ressalta o profissional.

Salários

O zootecnista afirma que a categoria está ligada ao Conselho de Medicina Veterinária, mas que não há uma entidade de representação direta dos zootecnistas, por isso, pautas específicas da área muitas vezes são inviabilizadas. Segundo Thiago, apesar da importância da atividade, muitos profissionais são desvalorizados, recebendo remuneração em torno de R$ 2.500. “Mas há profissionais que recebem bem menos que isso”, afirma.

Em Fortaleza, já existem cursos de nível superior para o ensino da Zootecnia, como a Universidade Federal do Ceará (UFC). Também há a Universidade Vale do Acaraú (UVA - Sobral) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE – Crato) que oferecem graduação em Zootecnia.

Saiba mais

Zootecnia e veterinária são a mesma coisa?
Não. O zootecnista trabalha cuidando de animais em produção voltada para o consumo humano. O veterinário é o médico do animal, tratando prioritariamente de doenças. Mas o veterinário também pode trabalhar como zootecnista.
Bate-pronto
O POVO - Como está o mercado hoje no Ceará?
Raimundo - Há 15 anos, o mercado era bem restrito. O cerco agrário e as empresas eram muito conservadoras. Só a avicultura tinha espaço, o restante era muito precário. Mas o mercado ampliou muito. Antigamente, ninguém sabia o que era um zootecnista. Hoje melhorou, mas ainda falta profissional, gente preparada.

O POVO - Como o mercado está acolhendo os recém-formados?
Raimundo - Os alunos estão saindo da faculdade sem muita experiência. O mercado existe, não sei como está a formação teórica, mas na prática os alunos saem da faculdade com dificuldades. Isso gera uma deficiência no setor.

EM BAIXA

SALÁRIOS
Apesar de o número de contratações aumentar a cada ano, o zootecnista ainda ganha pouco. São pagos, em média, R$ 2.500 por mês. A ausência de sindicato também gera “invisibilidade” à profissão.

EM ALTA

TRABALHO
O mercado na área está crescendo. Mais oportunidades para zootecnistas estão surgindo em diversas fazendas e empresas que trabalham com alimentos e produtos oriundos de animais.

Iniciantes
"Profissionais do mercado reclamam da má-formação dos recém-graduados". 

Danilo Castro
ESPECIAL PARA O POVO
 trabalho@opovo.com.br

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