Acaba de chegar a Santa Catarina uma espuma capaz de dizimar mil frangos em apenas 1 minuto.
Um teste com 400 frangos mostrou a eficiência da máquina, cuja espuma elimina os animais e desinfeta os cadáveres e os aviários
Suas primeiras vítimas no Brasil foram 400 aves de um aviário de Arabutã (SC), que morreram asfixiadas pela espuma no início do mês.
A cena, um tanto quanto sinistra, foi acompanhada com entusiasmo por representantes das indústrias e dos avicultores.
Entusiasmo, não sadismo. A espuma é gerada por uma máquina importada por um grupo de grandes indústrias avícolas, como Brasil Foods e Marfrig, por meio da Associação Catarinense de Avicultura (Acav). Mas ela só entrará em operação em caso de ocorrências sanitárias que exijam a rápida eliminação e desinfecção de aves, para evitar a disseminação de doenças.
O investimento no equipamento foi de R$ 170 mil, mas seus benefícios fazem valer a pena. Muito embora, é preciso ressaltar, ninguém espera ter que usá-lo. "É como um seguro, temos mas não queremos usar", afirma o diretor executivo da Acav, Ricardo Gouvêa.
Santa Catarina tem o melhor status sanitário do país, e não registra foco de doenças avícolas perigosas há mais de uma década.
Até hoje, as indústrias e produtores precisariam realizar o abate manual das aves potencialmente infectadas, uma a uma, no caso da identificação de um foco de gripe aviária, por exemplo. Além de correrem risco de se infectar, as pessoas ainda poderiam transmitir a doença a outras aves.
O produto utilizado na espuma não é tóxico ou nocivo ao homem. Uma espécie de ventilador espalha rapidamente a nuvem branca e densa. Pequenas partículas entram no sistema respiratório e asfixiam os Gouvêa e o fabricante garantem que não há sofrimento.
A espuma e os frangos mortos devem ficar no aviário por três dias, para que os desinfetantes presentes na fórmula façam efeito.
A espuma reduz também o tempo necessário para a eliminação dos frangos. A rapidez na resposta a um foco de uma doença contagiosa é essencial para minimizar os danos econômicos, especialmente considerando que males como a gripe aviária podem exigir a eliminação de todas as aves em um raio de quilômetros.
O aparelho ficará na sede da Sadia, em Concórdia (SC), de onde poderá chegar a qualquer localidade do estado em até cinco horas, rebocado por uma caminhonete ou caminhão.
Todos os anos, 700 milhões de aves são abatidas no estado, e o principal destino é a exportação. "Estaremos prontos para dar uma resposta muito mais rápida a um evento sanitário, o que é importante para a imagem do produto catarinense", explica o executivo da Acav.
Agricultura e cemitérios
A máquina da espuma assassina foi lançada há dois anos pela Kifco, uma fabricante de equipamentos para irrigação de Havana.
Não em Cuba, mas no estado americano de Illinois. Os principais negócios da Kifco são sistemas de irrigação móveis para agricultura, campos esportivos e jardins. Há também uma linha só para cemitérios.
Um teste com 400 frangos mostrou a eficiência da máquina, cuja espuma elimina os animais e desinfeta os cadáveres e os aviários
Suas primeiras vítimas no Brasil foram 400 aves de um aviário de Arabutã (SC), que morreram asfixiadas pela espuma no início do mês.
A cena, um tanto quanto sinistra, foi acompanhada com entusiasmo por representantes das indústrias e dos avicultores.
Entusiasmo, não sadismo. A espuma é gerada por uma máquina importada por um grupo de grandes indústrias avícolas, como Brasil Foods e Marfrig, por meio da Associação Catarinense de Avicultura (Acav). Mas ela só entrará em operação em caso de ocorrências sanitárias que exijam a rápida eliminação e desinfecção de aves, para evitar a disseminação de doenças.
O investimento no equipamento foi de R$ 170 mil, mas seus benefícios fazem valer a pena. Muito embora, é preciso ressaltar, ninguém espera ter que usá-lo. "É como um seguro, temos mas não queremos usar", afirma o diretor executivo da Acav, Ricardo Gouvêa.
Santa Catarina tem o melhor status sanitário do país, e não registra foco de doenças avícolas perigosas há mais de uma década.
Até hoje, as indústrias e produtores precisariam realizar o abate manual das aves potencialmente infectadas, uma a uma, no caso da identificação de um foco de gripe aviária, por exemplo. Além de correrem risco de se infectar, as pessoas ainda poderiam transmitir a doença a outras aves.
O produto utilizado na espuma não é tóxico ou nocivo ao homem. Uma espécie de ventilador espalha rapidamente a nuvem branca e densa. Pequenas partículas entram no sistema respiratório e asfixiam os Gouvêa e o fabricante garantem que não há sofrimento.
A espuma e os frangos mortos devem ficar no aviário por três dias, para que os desinfetantes presentes na fórmula façam efeito.
A espuma reduz também o tempo necessário para a eliminação dos frangos. A rapidez na resposta a um foco de uma doença contagiosa é essencial para minimizar os danos econômicos, especialmente considerando que males como a gripe aviária podem exigir a eliminação de todas as aves em um raio de quilômetros.
O aparelho ficará na sede da Sadia, em Concórdia (SC), de onde poderá chegar a qualquer localidade do estado em até cinco horas, rebocado por uma caminhonete ou caminhão.
Todos os anos, 700 milhões de aves são abatidas no estado, e o principal destino é a exportação. "Estaremos prontos para dar uma resposta muito mais rápida a um evento sanitário, o que é importante para a imagem do produto catarinense", explica o executivo da Acav.
Agricultura e cemitérios
A máquina da espuma assassina foi lançada há dois anos pela Kifco, uma fabricante de equipamentos para irrigação de Havana.
Não em Cuba, mas no estado americano de Illinois. Os principais negócios da Kifco são sistemas de irrigação móveis para agricultura, campos esportivos e jardins. Há também uma linha só para cemitérios.
Fonte:http://www.brasileconomico.com.br/noticias/espuma-assassina-abate-frangos-doentes-em-sc_78471.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário
aviso: os comentários são moderados.
grato.
Admin.