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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Aviário de alvenaria reduz a mortalidade de aves


A avicultura é um setor que se encontra em franco desenvolvimento no país e em busca de novas técnicas que proporcionem o crescimento de produção e a diminuição de perdas no setor. Em busca disso o estado do Paraná foi o primeiro a investir em aviários com paredes de alvenaria que aumentam a produtividade em cada lote de aves.
Muito usada em aviários do continente europeu e nos dos Estados Unidos. Segundo técnicos da Canção, empresa do Grupo Frangos Canção do Paraná, a técnica das paredes de alvenaria reduz em 3% a mortalidade das aves. “A técnica consiste na construção de duas paredes de alvenaria nas laterais dos aviários, com lajotas de barro. Isso garante uma qualidade térmica muito grande, evitando que a radiação solar seja passada para o interior o aviário”, afirma Aguinaldo Bulla, gestor do departamento de expansão e integração do Frangos Canção.

 Nesses aviários o sistema operacional é o dark-house (técnica em que o aviário fica todo escuro, iluminado com lâmpadas incandescentes, em que é possível controlar a intensidade da luz). “Como as aves não têm contato com luz natural e com a mudança de temperatura do ambiente externo, elas se desenvolvem em um ambiente tranquilo, com pouquíssimo estresse, o que contribui com uma menor mortalidade e com o ganho de peso efetivo, garantindo melhores resultados no fechamento dos lotes”, explica Bulla.
 O investimento neste modelo aviário é maior que os tradicionais. “A diferença maior está em sair da cortina convencional para as paredes de alvenaria, e vale a pena salientar que este tipo de obra não terá a necessidade de troca de paredes, ou seja, o custo benefício com o passar do tempo é fantástico”, garante Bulla.
Para melhorar a ambiência dentro dos barracões, a instalação de exaustores é uma boa opção. Os exaustores aumentam a troca de ar dentro dos barracões.
Fonte:  O Presente Rural

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Verdades sobre o "não veganismo"

Li o texto e achei bem interessante!

Via: Zootecnista
Eu CURTI....
Por Felipe Moreira...

Estudei tanto para me tornar zootecnista. Aprender a lidar com os animais, respeita-los....me preocupar com seu bem estar e contribuir, a meu jeito, para reduzir o deficit alimentar do mundo que me REVOLTEI ao entrar num pagina desse maldito Facebook. Uma comunidade vegetariana. Não tenho nada contra veganos, tenho amigos que fizeram sua escolha e respeito mas... existem pontos de vista não abordados pelos seus ativistas.
vou citar alguns, sem querer polemizar:

1)Não me venha com essa de "deixe os bovinos livres", "as galinhas fora da gaiola de postura" pois p/ começar a conversa, essas especies nem nativas são. Foram introduzidas no nosso bioma exclusivamente para alimentação humana. E com pouco conhecimento de antropologia, percebe-se que se não fosse o domínio de técnicas de produção animal e vegetal não teríamos nos espalhado pelo nosso planeta e evoluído (ou involuído na verdade). Quem é contra a produção animal, faz assim: não coma, não se reproduza (n aumente o nº de bocas p comer) e vá caçar seu próprio alimento, plante seu arroz ou trigo na jardineira do seu minusculo apê e seja feliz. Detalhe, não use roupas tb, afinal a monocultura do algodão é um absurdo né?!

2)Ao optar por não consumir alimentos de origem animal, vc NÃO estrá contribuindo em nada para a preservação dos animais ou impedindo as atrocidades que podem ocorrer na produção(quando n se respeita os animais). Uma maneira mais eficaz é a a busca pelo conhecimento especifico (para não falar bobagem) e a exigência do consumidor final por um produto certificado quanto a qualidade, bem estar animal e interação ambiental correta! Campanhas pára "por pressão" nos órgãos fiscalizadores são mais eficazes do que campanhas difamativas onde se prega que a culpa do desmatamento amazônico é do boi e que se vc não comer, essa atrocidade vai parar. Ilusão caro amigo. Se não fosse o boi seria a soja, não fosse a soja seria o eucalipto....o problema é mais social que agropecuário! De uma sociedade que valoriza o consumismo, o possuir, onde o dinheiro empatado em terra vale mais que um sorriso livre de um pobre indígena, que não sabe que a terra que DEUS deu para ele, o governo Brasileiro dividiu entre os poderosos!!!

3) Pesquisa com animais, são infelizmente um mau necessário...possivelmente não estaria aqui revoltado se em 1928 Alexander Fleming, não tivesse descoberto a penicilina (só p exemplificar) e a tivesse testado em ratos infectados para saber sua toxidade. Sabe porque??? Pq o meu e o seus ascendentes teriam morrido!!!! Então, não condenem a utilização experimental de animais.....existe a Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) que analisa antes de qualquer experimento com animais se a relevância da pesquisa vale a utilização dos mesmos e determina regras rígidas sobre sua utilização!!!

-Se informe antes de veicular campanhas pseudo-intelectuais/ativistas para parecer mais descolado e antenado! impute a culpa nos verdadeiros culpados e sem generalizações!!!

#prontofalei
Texto em circulação na rede social Facebook. 
Retirado da pagina "Zootecnia é para os fortes".

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Cooperativas adotam estratégia para reduzir a produção de frango no PR


As cooperativas que trabalham com a produção integrada de frango diminuem o ritmo das atividades no oeste do Paraná. Por causa da redução, as aves ficam nos alojamentos mais tempo do que o normal em muitas propriedades da região.
Os criadores que trabalham no sistema de integração, com as cooperativas do oeste do Paraná, ainda passam por um momento de ajuste. Os avicultores que fornecem frango para a Coopavel, a cooperativa de Cascavel, está tendo que ficar com as aves mais tempo no alojamento.
Os frangos, com 43 dias, estão praticamente no ponto de abate. Normalmente, os animais são levados para o frigorífico com 46 dias. Mas o período de engorda passou de 50 para 52 dias. Para o produtor integrado, isso significa mais mão-de-obra e gasto com energia elétrica.
Os frangos ficam quase uma semana a mais nos galpões porque o frigorifico da cooperativa não está conseguindo no momento colocar no mercado toda a produção. No sistema de integração, fica para o produtor a despesa da energia, água e mão-de-obra. A cooperativa fornece os pintinhos e a ração.
A retenção dos frangos nas granjas é uma medida de emergência. No médio prazo, o objetivo é reduzir a produção. "A cooperativa está tomando suas providências baixando a produção em torno de 10%. Nós abatíamos 220 mil aves ao dia e agora estamos abatendo 200 mil aves ao dia. Com isso, estamos enfrentando parte da crise gerada pelo aumento no custo do frango", diz Dilvo Grolli, presidente da Coopavel.
Fonte:  Portal G1

Amazonas produz 50 milhões de ovos ao mês

Dos frutos provenientes da agropecuária, apenas na produção de ovos o Amazonas é autosuficiente. Por mês são produzidos cerca de 50 milhões – a maioria em Manaus e municípios da Região Metropolitana – de unidades e o setor gera renda para 20 mil pessoas.
No entanto, na cadeia produtiva há uma série de gargalos a serem superados desde o início da prática da cultura no Amazonas, na década de 60. O maior entrave se dá nos insumos, especificamente, no consumo de milho pelos produtores para a produção da ração. O Amazonas não cultiva em grande escala milho, que é comprado de outros Estados. 
O Estado conta atualmente com 80 granjas, a maioria delas instaladas na Região Metropolitana de Manaus. Os trabalhadores têm renda que variam de um salário mínimo a R$ 1,2 mil. O setor foi alavancado por imigrantes japoneses. Na década de 80, o Amazonas tinha cerca de 5 mil aves produzindo 200 mil ovos/mês, em média. Hoje, são cerca de 2 milhões de aves com produção estimada em 50 milhões de ovos ao mês. 
Na avaliação do presidente da Associação Amazonense de Avicultura, Shigeteru Sakamoto, o setor vai bem e tem fomentado outras culturas, como a de hortaliças, através da utilização do esterco. “Porém, por não produzir insumos no Amazonas perdemos rescursos e quando o Estado entra na negociação dos preços afeta de modo negativo o setor”, disse. A ração para alimentar as aves, que têm vida média de quatro anos, leva milho (62%), farelo de soja (25%), cálcio (7%), farinha de carne (6%) e ainda vitaminas. “Falta vontade política para fomentar a avicultura e agricultura no Amazonas. Só se fala em Zona Franca. É estranho, mas enfrentamos os mesmos problemas que na década de 70 quando cheguei no Amazonas”, explicou Sakamoto. 
Segundo ele, a saca de 60 quilos do produto vindo de Rondônia ou Mato Grosso custava em outubro de 2011 entre R$ 32 a R$ 34, hoje, varia entre R$ 40 a R$ 42. Por mês o Estado consome mais ou menos 5 mil toneladas de milho. Os avicultores precisam ainda se programar quanto ao trânsito deste insumo que leva em média 20 dias para chegar a Manaus. A mesma dificuldade é enfrentada em relação aos demais insumos.
Sem possibilidade 
Segundo o titular da Secretaria de Produção, Eron Bezerra, não há a mínima possibilidade dos produtores que cultivam milho produzirem para a avicultura. “É simples. Um hectare de milho verde rende até R$ 10 mil, enquanto que, o milho seco apenas R$ 2 mil”. 
Milho para consumo humano 
Além da produção de ovos na Região Metropolitana de Manaus, outros 26 municípios do Amazonas investem no setor de avicultura. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), isso corresponde a um total de 825 cadastrados. 
Entre eles está a produtora familiar, Rita de Andradre Moreira, que tem uma granja em Tefé com 1.500 aves e que produz pouco mais de mil ovos por dia. O produto é vendido para a comunidade e o valor da dúzia é de R$ 3,50. Por mês, ela e o marido têm renda de R$ 3 mil. Ainda segundo a Conab, a representatividade do Amazonas na produção de milho é de 0,03% em relação aos demais Estados brasileiros. A expectativa da instituição é que o ano encerre com uma produção de quase 37 toneladas de grãos de milho. 
De acordo com o secretário da Sepror, Eron Bezerra, essa produção é utilizada para consumo humano e em 45 dias, após a plantação, os frutos já podem ser colhidos. 
Fonte: A Crítica (de Manaus/AM)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Afinal é SÓ UMA PONTE...





                                                Afinal é SÓ UMA PONTE...
 

 


 


 

VEJAM COMO A MATEMÁTICA PODE SER CRUEL.. 
 
Há uma semana, o governo da China inaugurou a ponte da baía de Jiaodhou, que liga o porto de Qingdao à ilha de Huangdao. Construído em quatro anos, o colosso sobre o mar tem 42 quilômetros de extensão e custou o equivalente a R$2,4 bilhões.

Há uma semana, o DNIT escolheu o projeto da nova ponte do Guaíba, em Ponte Alegre , uma das mais vistosas promessas da candidata Dilma Rousseff. Confiado ao Ministério dos Transportes, o colosso sobre o rio deverá ficar pronto em quatro anos. Com 2,9 quilômetros de extensão, vai engolir R$ 1,16 bilhões.

Intrigado, o matemático gaúcho Gilberto Flach resolveu estabelecer algumas comparações entre a ponte do Guaíba e a chinesa. Na edição desta segunda-feira, o jornal Zero Hora publicou o espantoso confronto númerico resumido no quadro abaixo:





Os números informam que, se o Guaíba ficasse na China, a obra seria concluída em 102 dias, ao preço de R$ 170 milhões. Se a baía de Jiadhou ficasse no Brasil, a ponte não teria prazo para terminar e seria calculada em trilhões. Como o Ministério dos Transportes está arrendado ao PR, financiado por propinas, barganhas e permutas ilegais, o País do Carnaval abrigaria o partido mais rico do mundo.

Corruptos existem nos dois países, mas só o Brasil institucionalizou a impunidade. Se tentasse fazer na China uma ponte como a do Guaíba, Alfredo Nascimento daria graças aos deuses se o castigo se limitasse à demissão.

Dia 19/07/11, o Tribunal chinês sentenciou a execução de dois prefeitos que estavam envolvidos em desvio de verba pública.

(Adotada esta prática no Brasil, teríamos que eleger um Congresso por ano)


Vamos fazer esta mensagem chegar a todos os Brasileiros




quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Tecnologia reestrutura produção de frango

Nas últimas três décadas, a avicultura brasileira se transformou. De uma atividade de subsistência, foi alçada à condição de protagonista e é hoje uma das mais modernas e competitivas do mundo, conferiu a Expedição Avicultura, após rodar o Paraná.
O avanço ocorreu não apenas devido à ampliação do plantel e do abate de aves, mas à constante evolução tecnológica do setor. O progresso começou com a genética e ‘contaminou' todo o processo produtivo. Para produzir 13 milhões de toneladas da carne, o setor precisa de menos de um mês. Na década de 70 essa era a produção de um ano todo.
O melhoramento genético após a introdução de linhagens híbridas norte-americanas, ainda na década de 60, trouxe preocupações com a nutrição e o manejo, permitindo melhoras significativas nos principais índices técnicos da atividade, como a conversão alimentar, a idade de abate e o índice de mortalidade. Se há trinta anos uma ave precisava comer dois quilos de ração e demorava quase dois meses para atingir o peso ideal de abate (na época 1,8 kg), hoje é possível produzir um frango de 2,5 quilos em pouco mais de um mês. E com apenas 1,7 quilos de ração.
Outro diferencial da avicultura brasileira foi a adoção dos chamados sistemas integrados de produção, uma espécie de parceria entre empresa e os produtores, na qual o criador recebe todos os insumos (pintos de um dia, ração, medicamentos e orientação técnica) e se encarrega da criação e engorda das aves até a idade de abate, recebendo como pagamento um valor previamente negociado. O sistema funciona como uma espécie de amortecedor, dando mais segurança ao produtor em momentos de crise.
"Nos últimos trinta anos, houve uma evolução muito grande nas áreas de manejo, nutrição, sanidade. Agora estamos na década da ambiência", considera Rodrigo Rotta, presidente da Granja Real, empresa de Pato Branco (Sudoeste do Paraná) especializada na produção de ovos férteis e pintainhos de um dia.
"Além da sanidade, que é uma obrigação, e da nutrição, o bem-estar animal é um dos pilares mais importantes do tripé responsável pela evolução da avicultura", reforça o produtor Mércio Francisco Paludo, de Palotina (Oeste). Ele relata que atualmente há uma preocupação muito grande com a temperatura, ventilação, iluminação dos aviários, o número de frangos por galpão, disponibilidade de comedouros e bebedouros, oferta de alimentos, debicagem e acompanhamento sistemático de ganho de peso. "Quem ganha com isso é o consumidor", conclui.
O principal desafio do setor a partir de agora está fora da porteira, considera o presidente da Copacol (Cafelândia), Valter Pitol. "Os Estados Unidos estão colocando o produto deles muito mais barato no mercado. Precisamos pensar em soluções compartilhadas com a iniciativa privada para diminuir os nossos custos logísticos, sob o risco de perdermos mercado", alerta.

Fonte: http://www.aviculturaindustrial.com.br/noticia/tecnologia-reestrutura-producao-de-frango/20120829082650_B_079

terça-feira, 31 de julho de 2012

Ovo, o alimento completo.

O ovo é um alimento completo, perdendo apenas para o leite materno em qualidade nutricional para humanos. Oferecimento: Ubabef

quarta-feira, 11 de julho de 2012

"Frango com hormônio não existe": Veja a participação do zootecnista Antônio Gilberto Bertechini no programa Roda Viva

 Artigoretirado de: http://www.aviculturaindustrial.com.br/noticias/frango-com-hormonio-nao-existe-veja-a-participacao-do-zootecnista-antonio-gilberto-bertechini-no-programa-roda-viva/20120710140145_L_813




Transgênicos, orgânicos e funcionais. Você sabe o que significam cada uma dessas classificações? O certo é que já foi comprovado por cientistas que somos o que comemos, e daí a importância de se saber como cada um desses tipos de alimentos agem no organismo humano. Antônio Gilberto Bertechini, zootecnista e professor da Universidade Federal de Lavras, foi o centro do Roda Viva no dia 9 de julho e falou sobre o assunto. Os mitos da nutrição de aves para produção de carne e ovos e a relação da alimentação com a saúde foram o ponto central do debate. O mito do colesterol no ovo e a concentração de selênio nos alimentos e no soro humano também foram abordados. O especialista destaca que a população consegue manter uma alimentação mais regrada nos dias de hoje e revela o aumento de cerca de 50% no consumo carnes. “Nós podemos dizer que o povo brasileiro vem se alimentando muito bem nos últimos 20 anos e de forma um pouco mais regrada em algumas áreas, mas desregradas em outras. Só para se ter uma ideia, há 20 anos atrás o brasileiro consumia de 15 a 16 kg de frango por ano. Hoje, o brasileiro está consumindo 47 kg”. O que resultou nesse aumento foi o maior poder aquisitivo da população, a mudança nos tipos de alimentos e da qualidade dos produtos oferecidos no mercado. “A nossas carnes são rastreadas, produzidas com alta tecnologia, de altíssima qualidade nutricional. Vemos como um todo uma redução da mortalidade e um aumento da longevidade do brasileiro”. Mito ou verdade? O excesso de agrotóxicos que os frangos consomem podem transformá-los em um alimento cancerígeno? “Esse é um mito que consideramos um mito da ignorância, porque a qualidade de carne de frango brasileira é a melhor do mundo, pois se utiliza toda a rastreabilidade da produção”. Bertechini explica que o câncer é multifatorial, o que significa que não é causado por um tipo de carne consumida. Segundo o especialista, o animal é produzido com basicamente milho e farelo de soja. Mas ele ainda destaca que a qualidade do produto também decorre de um trabalho de melhoramento genético, interversão repudiada por especialistas naturalistas. O frango que antes da mutação genética continha cerca de 700gr de peito, uma quantia bem inferior aos 1,2 kg após a interversão. O professor também revela que a história do hormônio na carne é um outro mito dos alimentos. “Não existe hormônio em carne de frango e não se usa o hormônio. E não é porque a avicultura é boazinha não, porque se funcionasse as indústrias usariam para acelerar mais o crescimento da ave. Mas não usam porque não funciona”. Apresentado pelo jornalista Mario Sergio Conti, o Roda Viva contou, para esta edição, com uma bancada formada por André Murad (oncologista); Alexandre Mansur (editor de tecnologia e ciência da revista Época); Lúcia Helena de Oliveira (diretora do título Saúde e do Movimento Emagreça Brasil, da editora Abril); Tobias Ferraz (repórter agropecuário e âncora do canal Terraviva, do grupo Bandeirantes); Ana Maria Pita Lottenberg (nutricionista da disciplina de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da USP). O Roda Viva também teve a participação do cartunista Paulo Caruso.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Brazilian chicken

Mais um video da ABEF (Associação Basileira dos Produtores e Exportadores de Frango) promovendo a avicultura Brasileira e mostrando porque somos os melhores.


English version

Mito: Hormônios na produção avicola.

Mais uma iniciativa da UBABEF (União Brasileira de Avicultura) para estimular o consumo de carne de frangos e explicando o mito da adição de hormônios na produção avicola.
Confira ai.


Dica do nosso colega Douglas Fernando Bayerle.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Bem estar animal, uma eterna discussão.

A opinião de José Roberto Bottura, presidente da Ovos Brasil, comenta sobre bem-estar animal na avicultura brasileira, uma vez que na Europa a criação de aves poedeiras em gaiolas está com os dias contados.


Novo livro técnico da FACTA enfoca a água na avicultura industrial

A FACTA – Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas (FACTA) está lançando a segunda edição de “Água na Avicultura Industrial”, alentada publicação com 19 capítulos e 340 páginas.
Nesta segunda edição, o Prof. Dr. Marcos Macari e a Médica Veterinária Nilce Maria Soares retomam, quase duas décadas depois, a abordagem – agora muito mais detalhada e com novíssimos enfoques – daquele que é o mais essencial “insumo” de frangos e poedeiras. Mas não ficam só nisso: vão bem além, muito mais além.
Em outras palavras, na nova edição a água é enfocada não apenas como nutriente, mas conforme seus múltiplos usos na avicultura. O que implica em analisar sua importância desde a incubação (“qual é o papel da água nas incubadoras?” – pergunta-se) até sua participação no processo de abate do frango, passando, por exemplo, pela vacinação (via água) e pela distribuição do líquido nos aviários.
Mas tudo começa bem antes: na localização de fontes, na avaliação de disponibilidades (para criação ou abate), nas variabilidades ambientais e, claro, na legislação sobre o uso de água na avicultura. Enfim, um trabalho de fôlego em que Marcos Macari e Nilce Soares contaram com a participação de perto de meia centena de professores, pesquisadores e técnicos atuantes na avicultura ou envoltos no estudo do precioso líquido.
O livro “Água na Avicultura Industrial” pode ser solicitado diretamente à FACTA através do e-mail facta@facta.org.br




 

terça-feira, 10 de abril de 2012

AMINONews®

Metabolizable energy of raw materials.
A comparison of values obtained either from chick assays or prediction equations for poultry.
(Energia metabolizável de matérias-primas. 
Uma comparação dos valores obtidos a partir de ensaios de digestibilidade ou de  equações predição para aves de corte).



Amino news volume 14 numero 1 august 2010
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Para realizar o download do documento clique em view in slideshare acima, e na proxima pagina aparecerá a opção download.

terça-feira, 27 de março de 2012

Custo de produção: que tipo de aviário é mais econômico?

Envolvendo 11 estados brasileiros (em ordem alfabética, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), os custos de produção levantados pela Embrapa Suínos e Aves (aos quais o AviSite fez referência em matéria da última quinta-feira, 22 de março) também avaliam esses custos em função do tipo de aviário adotado, contrapondo as instalações convencionais aos aviários climatizados com pressão positiva e negativa.
Subentende-se, naturalmente, que entre os três tipos de aviários o maior custo seja registrado nos aviários convencionais, enquanto o menor custo é obtido com o aviário climatizado com pressão negativa. Mas qual é a diferença entre um e outro?
A análise de apenas dois dos onze estados levantados pela Embrapa Suínos e Aves mostra que, efetivamente, o menor custo é o do aviário climatizado negativo. Com diferenças que, nos dois casos analisados, ficam em cerca de sete centavos/kg (Paraná) ou dobram para 14 centavos/quilo (Minas Gerais).
Não parece muito, mas em um aviário que produza pouco mais de 50 toneladas de frango vivo (base dos cálculos da Embrapa), a diferença no Paraná variou entre R$3.450,00 e R$3.610,00, enquanto em Minas Gerais ficou entre R$7.200,00 e R$7.300,00.
Detalhe que não passa despercebido: em Minas Gerais, o custo de produção em aviário climatizado, com pressão negativa ou positiva, é inferior ao custo do Paraná, fato que não ocorre com o aviário convencional.
Mais detalhes no site da Embrapa Suínos e Aves que, inclusive, dispõe de planilha para que cada produtor calcule seus próprios custos, independente do tipo de aviário adotado. Clique aqui para acessar a página que leva à planilha de custos da Embrapa.


Copiado de: Avisite

Pesquisas tentam alterar a relação macho/fêmea na incubação de pintos

De acordo com o The Poultry Site (www.thepoultrysite.com ), utilizando técnicas laboratoriais de PCR, pesquisadores do Centro de Reprodução e Genômica Animal (ABGC, na sigla em inglês), da Holanda, desenvolveram um método, inédito, que possibilita determinar, ainda no ovo, o sexo do futuro pinto. Até agora a identificação de fêmeas e machos só é possível através do exame da cloaca, ou seja, apenas pós-incubação do ovo.
Por enquanto, o novo método é pouco mais que uma promessa: está sendo utilizado pelos pesquisadores para estudar e compreender os mecanismos que determinam o sexo das aves. Porém, espera-se que no futuro tenha aplicação comercial – algo que (lembra o site inglês) tem importância não apenas econômica, mas também ética, na medida em que permitiria reduzir, eventualmente até eliminar, a necessidade de sacrifício dos machos na avicultura de postura.
A propósito, The Poultry Site lembra que, nos mamíferos, o sexo da descendência é determinado pelas células do esperma do macho. Em contraste, nas aves o sexo é determinado pela fêmea, que produz os ovos com dois tipos de cromossomas: o W é o que resulta em fêmeas; o Z, em machos.
Estudos anteriores demonstraram que as fêmeas têm a capacidade de alterar o sexo nos ovos produzidos através de um mecanismo que interfere na segregação do cromossoma definidor do sexo durante o processo de meiose. O desafio é descobrir como esse mecanismo funciona, pois, além de ser útil na avicultura comercial, vai permitir, por exemplo, a preservação de aves em risco de extinção.
Curiosamente, no ano passado, a Poultry & Egg Association (principal entidade técnico-científica da avicultura norte-americana, a mesma que realiza anualmente a Feira de Atlanta) fez menção a tema similar, pois noticiou estar financiando pesquisa (Universidade da Georgia) com o objetivo de descobrir mecanismos que possibilitassem alterar a relação de pintos machos e fêmeas na descendência de uma reprodutora.
O objetivo explícito, aqui, era aumentar o número de fêmeas em aves de linhagem White Leghorn, mas o caminho adotado foi o hormonal, ou seja, administrou-se às fêmeas-reprodutoras um hormônio feminino – a progesterona – e, como tratamento alternativo, a corticosterona (hormônio do stress).
A administração da progesterona apresentou resultados indesejáveis, visto ter interrompido a produção de ovos de 77% das aves sob pesquisa. Já o uso da corticosterona apresentou resultado oposto ao objetivado pelos pesquisadores, visto que elevou para 83% o índice de pintos machos produzidos pelas fêmeas que recebera o hormônio.
Segundo a Poultry & Egg Association, esse projeto já foi encerrado, pois cumpriu as finalidades previstas. Mas deixa caminho para outras pesquisas do gênero.

Copiado de : Avisite.

FAO: avicultura cresce três vezes mais rápido que a população mundial.

Ao lançar seu Anuário Estatístico 2012, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) destacou o fato de que, nas últimas cinco décadas (meio século), a produção avícola se expandiu de forma consistente, a ponto de apresentar uma velocidade de expansão três vezes superior à da própria população mundial.
No Anuário, a FAO não mostra os números relativos a essa expansão. Mas efetuando-se pesquisa no site da entidade e remontando-se à informação mais antiga, de 1961, é possível constatar que de lá para 2010 a produção das três principais carnes (sem considerar outras carnes, mesmo as avícolas) aumentou cerca de 330%.
Pois bem: a participação da carne bovina no aumento registrado ficou bem abaixo desse índice - +125%; a da carne suína foi pouco superior ao índice médio - +340%. Assim, a contribuição maior veio da carne de frango, cujo volume aumentou mais de mil por cento.
Em decorrência desses resultados, a carne bovina, que em 1961 respondia por 46% da produção das três carnes, agora responde por 24%. A carne suína praticamente manteve a mesma participação, com ligeira alta – de 41% para 42%. E a carne de frango, que detinha apenas 13% do total cerca de 50 anos atrás, fechou 2010 com mais de um terço do total. 

 Fonte: Avisite

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Trabalho genético explica mito do hormônio do crescimento em aves

FLÁVIA MANTOVANI
TATIANA DINIZ
da Folha de S.Paulo

Sempre citada como alternativa saudável à carne vermelha, a carne de frango deixou de ser um produto simples de escolher. Nas prateleiras, variações mais caras como o frango "verde" e o orgânico chamam a atenção do consumidor. Afinal, além do preço, que diferença vem com as novas opções?

"Não tem hormônio." Essa costuma ser uma resposta comum. Na esteira de um sistema produtivo em que aves vivem cerca de 45 dias entre sair do ovo e ir ao abate, o mito do uso de hormônios de crescimento na avicultura ganhou força. Spams alertam sobre o risco de puberdade precoce em crianças. De leigos a médicos, não é raro encontrar quem cite o "frango cheio de hormônio" como um potencial perigo à saúde.

Mas hormônios de crescimento, ou substâncias anabolizantes, não são empregados na criação de aves. O que há é o uso
de compostos promotores de crescimento produzidos pela indústria farmacêutica --geralmente por laboratórios que também fazem medicamentos para humanos.

A confusão de termos acompanhou o aumento da produção do alimento, que passou a acontecer em escala industrial depois da Segunda Guerra Mundial. É nesse ponto da história que começam a surgir as atuais estruturas de granjas, em que pavilhões abrigam até 90 mil aves que crescem mais em menos tempo.

Os especialistas garantem que o medo do hormônio não passa de um mito. "É um grande mal-entendido. Não existe nenhuma possibilidade de haver uso de hormônio em frangos de corte. Os animais não respondem a essa substância, e
ela não é viável economicamente", explica a professora Andréa Machado Leal Ribeiro, coordenadora do laboratório de nutrição animal do departamento de zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Gerson Scheuermann diz que, como qualquer outro animal, os frangos têm hormônios naturais. "Mas não são usados hormônios exógenos na criação", afirma o agrônomo, doutor em produção animal.

Melhoramento genético

Segundo os pesquisadores, o melhoramento genético feito durante décadas é um dos grandes responsáveis pelo maior ganho de peso em pouco tempo.

"Ano após ano, são selecionadas as melhores aves, as que ganham mais peso, as que têm melhor performance", esclarece Scheuermann.

O melhoramento é impulsionado, segundo Ribeiro, pelo fato de a galinha ter muitos pintinhos, o que permite fazer uma seleção melhor. "A vaca, por exemplo, tem um bezerro por ano. Já a galinha bota 280 ovos anualmente", compara. "Nossas avós conheciam um frango diferente do que temos hoje.

Em duas gerações, a ave mudou muito. As pessoas simplificam e acham que foram os hormônios", completa.

Segundo ela, estudos já avaliaram o uso de hormônios em aves, mas os resultados não foram bons. "Não encontraram
nada que estimulasse o crescimento além do próprio potencial genético do animal."

Os avanços na nutrição (com rações consideradas mais balanceadas do que a dieta de um ser humano), o controle ambiental (como regulagem de luz e temperatura) e o desenvolvimento na prevenção e no tratamento de doenças também são apontados como fatores que fazem o frango crescer mais rápido.

Promotor de crescimento

Apesar de não serem utilizados hormônios, criadores convencionais colocam na ração os promotores de crescimento.
São antibióticos usados em dosagem muito menor do que a recomendada para fins terapêuticos. Por melhorarem as condições do intestino do animal, evitando diarréias, os produtos fazem com que ele aproveite melhor o que come.

Em muitos países da Europa, essas substâncias são proibidas. O argumento é que elas poderiam contribuir para a resistência das bactérias aos antibióticos, tornando os remédios desse tipo ineficazes para doenças humanas.

"É uma discussão recente no mundo, às vezes acalorada. A principal causa da resistência bacteriana são os antibióticos
usados pelos próprios humanos. Além disso, a substância não se deposita nos músculos dos animais nem deixa resíduos", diz Scheuermann.

A inofensividade dos antibióticos não é unanimidade. "Ninguém pode dizer com segurança que não deixam resíduos. Exames não detectam moléculas inteiras dessas substâncias. Quimicamente, os resíduos teriam outra estrutura", observa
Luiz Carlos Demattê Filho, gerente de produção animal da Korin. A empresa, seguidora dos princípios da agricultura natural da Igreja Messiânica, não faz uso de antibióticos nas criações de frangos.

Mesmo entre os criadores convencionais, a prática é suspender a inclusão dessas substâncias na ração nos sete dias
que antecedem o abate. E, devido às restrições européias, os produtores brasileiros vêm diminuindo o uso delas por alternativas como extratos vegetais, probióticos e enzimas.

Fonte: compartilhamento do perfil de Cinthia Eyng no Facebook.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4286.shtml

Marfim de Mamute ou de Elefante?

Muitas pessoas sabem que o comércio de marfin de elefante foi proibido mundialmente em 1989 na tentativa de evitar a extinção da espécie. Mas o que pouca gente sabe é que o comércio de marfin de mamute é legal e movimenta grandes valores no mercado mundial.
O mamute foi extinto há 12.000 anos e pertenceu à mesma família dos elefantes. Seu marfin, assim como o dos elefantes, hipopótamos, morsas e etc, é muito procurado principalmente para manufatura de objetos de arte.
Mudanças climáticas e eventos geológicos fizeram emergir ossadas de mamutes na Sibéria há vários anos. Dentre estes fósseis estão os preciosos dentes que podem ser encontrados em estado quase perfeito. São toneladas de marfim que estão sendo exploradas para atender o mercado mundial em substituição ao proibido marfim de elefantes. Um dos principais consumidores é a Ásia, responsável por grande parte da oferta.
A descoberta de grandes quantidades de marfim de mamute na Sibéria tem levado os ecologistas a encorajar a sua comercialização e conservação. Este mercado, legalizado, movimenta altos valores e o quilo vem sendo vendido por mais de U$ 1.500,00 no mercado ocidental. 
Fonte: http://www.sbccutelaria.org.br/

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Copa do Mundo pode aumentar riscos ao agronegócio, diz especialista

Qual a relação entre a agropecuária brasileira, a Copa do Mundo e o turismo? Há quem diga que nenhuma apesar de serem atividades rentáveis. Mas aí reside o engano. Para os especialistas em Defesa Agropecuária ao se somar os três elementos a equação pode causar sérios danos para o Brasil. De acordo com o Projeto de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária a preocupação está relacionada com dois fatores gerados a partir da Copa: o impacto na infraestrutura do País e o intenso trânsito de pessoas.
Ao conquistar a oportunidade de acolher, em 2014, a Copa do Mundo, o Brasil terá a tarefa de realizar múltiplas obras para receber os milhões de turistas internacionais que desembarcarão e circularão pelo país. Definitivamente o País que está sendo erguido para sediar um dos mais prestigiosos eventos mundiais será bem diferente daquele conhecido pelos brasileiros. Fora os 12 estádios que serão construídos ou reformados, o "Projeto da Copa" tem em seu escopo obras de infraestrutura que atingem a mobilidade urbana (avenidas, corredores metropolitanos, acessos a aeroportos, urbanização no entorno dos estádios), ampliação do setor de transporte (rodoviário e aéreo) e crescimento da rede hoteleira que implica no aumento do fluxo turístico.

No entanto, segundo o Projeto InovaDefesa se por um lado, o mega-evento esportivo pode representar um catalisador de aceleração do processo de investimento em áreas cruciais, por outro, ele pode desencadear um colapso na cadeia produtiva do agronegócio. Os riscos, comenta o coordenador do projeto Evaldo Vilela, estão ligados ao ingresso de pragas associado ao aumento do trânsito de pessoas e produtos.

"O fluxo turístico radiado pela Copa aumenta o risco da introdução de pragas e doenças que podem comprometer nossa agropecuária. Vale lembrar que por motivos de segurança, não é possível transportar, por exemplo, uma bananeira de Belém para sul do país, porque ela pode conter algumas doenças que não existem naquela região. Agora imagine a situação da Copa. Serão visitantes de todas as partes do mundo. Vindo de avião, carro e ônibus. E cada turista é potencialmente um transmissor, mesmo que não tenha intenção, ele pode trazer na bagagem um lanche ou mesmo, preso a sua roupa, algum organismo exótico. E nem precisamos nos focar apenas nas pessoas. A roda do veículo que transporta, seja carga, seja o turista também pode trazer algum tipo de material orgânico estranho", explicou Evaldo.

Mas não é apenas a movimentação de pessoas e produtos que preocupa o especialista. Paralelo a este fator há também o impacto da infraestrutura que está sendo preparada para Copa. Com a ampliação das rodovias e aeroportos aumenta-se a demanda por fiscalização. Para Evaldo sem ela não é possível conter a indesejada distribuição de pragas no agronegócio que trará prejuízos para o produtor.

"Há pelo menos 80 espécies regulamentadas como quarentenárias ausentes pelo Brasil e reportadas em países da América do Sul ou Trindade e Tobago, além de 30 agentes patogênicos de notificação obrigatória também em países da América do Sul que não foram notificados no Brasil nos últimos três anos. Estas espécies, por definição, apresentam um alto potencial de impacto para a agropecuária brasileira. O seu ingresso poderá resultar perdas expressivas na produtividade, fechamento de mercados, custo do desenvolvimento de tecnologias de controle, bem como, o próprio esforço de controlar o incidente", comentou Evaldo.

O quadro mais ilustrativo é tingido pela História. Na Europa, ainda no século XIX, a Irlanda foi acometida por um fungo introduzido que destruiu totalmente a produção de batatas no país, o que levou à fome e à morte de um terço da população. No Brasil, no início desse século, apareceu o fungo que provoca uma doença chamada ferrugem na soja. Até momento, ele provocou prejuízos de bilhões de dólares, dano que só não foi maior por causa a eficiência de certas medidas de adotadas. Na área animal, vale lembrar, o foco de aftosa registrado no Paraná, em 2005. As perdas somadas naquele período chegaram a U$ 326 milhões. Sem a possibilidade de exportar o produto, produtores e donos de frigoríficos tiveram o prejuízo diário de R$ 5 milhões, segundo dados oficiais do Estado.

Outra hipótese que não está descartada é a do bioterrorismo. Na opinião do coordenador do Projeto InovaDefesa, essa possibilidade deve ser considerada. Sem querer criar pânico, ele esclarece que a ideia é cogitada porque o País possui grande destaque na produção de alimentos. Evaldo recorda o caso da praga vassoura-de-bruxa que atingiu a produção de cacau na década de 80 no Brasil. "Acredita-se que a introdução da vassoura-de-bruxa no solo brasileiro foi intencional. A praga devastou as plantações tirando o país do segundo lugar nas exportações do produto no mundo. O Projeto Inovação para a Defesa Agropecuária trata especificamente destes assuntos. E como pano de fundo, está a minimização do impacto das introduções de produtos, ou bens, que podem desencadear danos ao setor produtivo, no tocante às importações e exportações", concluiu.

O tema da Copa do Mundo é um dos eixos temáticos da 3ª Conferência Nacional de Defesa Agropecuária que será realizada em Salvador, entre os dias 23 a 27 de abril de 2012, no Centro de Convenções da cidade. O evento tem o propósito de difundir o conceito de Defesa Agropecuária como política pública, relacionada a diversos segmentos componentes da agropecuária: produção, industrialização, comercialização, saúde pública, sustentabilidade ambiental e o caráter estratégico da defesa agropecuária, associada à soberania nacional.

InovaDefesa

O Projeto InovaDefesa foi uma demanda induzida pelo Fundo Setorial para o Agronegócio que, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), concedeu recursos financeiros a um conjunto de instituições sob a coordenação da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O Projeto tem por objetivo aproximar a academia e os centros de pesquisa do tema, setor empresarial e órgãos de governo das esferas estadual e federal envolvidos com o tema.

As ações são focadas em: (1) indução de cursos de Mestrado Profissional e de curta duração; (2) facilitação da transferência de tecnologias para o setor privado ou órgãos regulatórios; (3) indução de uma visão estratégica sobre o sistema de Defesa Agropecuária e (4) criação de espaços presenciais e virtuais de interlocução.

No que se refere à indução de visão estratégica, o Projeto InovaDefesa vem realizando desde 2009 estudos e levantamentos sobre pragas agrícolas e sobre agentes patogênicos de animais que ocorrem nos países da América do Sul e Caribe, mas que não tenham sido relatados no Brasil ou que não tenham sido registrados nos últimos anos. O fato que motivou o início desta linha de pesquisa foi a informação de que o Governo Federal está realizando um conjunto de obras de infraestrutura viária, as quais levarão a um incremento no trânsito nacional e internacional de pessoas e mercadorias.

Informações e inscrições: www.inovadefesa.ning.com.

FONTE

Projeto de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária
Embrapa Gado de Corte
João Costa Jr. - Jornalista